Israel fora da ONU já!
18/04/2022Diante da rotineira reiteração dos crimes de lesa-humanidade israelenses na Palestina ocupada, hoje especialmente em Jerusalém, com repressão brutal e profanação de mesquitas e igrejas, reprisando anos anteriores, quando palestinos cristãos e peregrinos foram reprimidos em suas atividades pascais e muçulmanos durante o mês sagrado de Ramadã, o imoral regime de apartheid de Israel precisa ser urgentemente excluído da ONU, ademais pelas razões que ultrapassam as citadas, em vigor desde ao menos 1948:
1. Israel se realizou, a partir de dezembro de 1947, pela violência contra a população palestina originária, matando-a, expulsando-a e tomando suas terras, casas, negócios, infraestruturas e riquezas, chegando a 14 de maio de 1948, quando se autoproclama estado, com 250 mil palestinos expulsos;
2. Em 15 de maio de 1948 Israel inicia o maior processo massivo de limpeza étnica conhecido, ampliando a expulsão para até 750 mil palestinos e tomando 76% da Palestina;
3. Descumpriu, assim, a Resolução 181 da ONU, que ilegalmente recomendou a partilha da Palestina, mas que não previa tomada de território à força nem limpeza étnica, primeiros crimes de lesa-humanidade de Israel, já em seu nascedouro;
4. Em 11 de dezembro de 1948 a ONU reconhece estes crimes e aprova a Resolução 194, de retorno dos refugiados e suas compensações;
5. A ONU admite Israel como estado-membro (Resolução 273) em 11 de maio de 1949, mas sob a condição de acatar a Resolução 194, caso único na história, sem que os refugiados tenham retornado, mas, ao contrário, com mais palestinos expulsos e roubados;
6. Desde então, todas as resoluções da ONU para a Palestina e a totalidade do Direito Internacional aplicável à questão foram rejeitados por Israel;
7. Desde o início, e mesmo desde que o sionismo projetou seu projeto colonial para a Palestina, que Israel é um regime racista, de Apartheid. Entretanto, apenas nas últimas duas décadas é que a ONU, com os relatórios especiais de Richard Falk, John Dugard e Michael Lynk, assim como de sua Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental, afirmou Israel como um regime de Apartheid, aos quais se somaram os relatórios das maiores ONGs de direitos humanos do mundo, a Human Righs Watch e a Anistia Internacional;
8. Agora, em seguimento destas políticas de segregação racial e Apartheid, de genocídio e limpeza étnica, Israel busca despalestinizar Jerusalém, movimento que implica suas descristianização e desislamização, em ofensa a quase 3,5 bilhões de cristãos e muçulmanos no mundo, crime de lesa-humanidade contras suas espiritualidades e contra o monoteísmo;
9. A ação abominável de Israel nos últimos dias levou à violência contra cristãos que
comemoravam a Semana Santa e a Páscoa, assim como contra os muçulmanos, em pleno Ramadã, enquanto oravam na Mesquita de Al-Aqsa, provocando muitas centenas de feridos e detidos; e
10. Tudo isso somamos ao desumano bloqueio de Gaza e aos assaltos de colonos e soldados israelenses em toda a Cisjordânia, com dezenas de mortos, centenas de feridos, destruição de plantações, negócios e casas, prisões ilegais e mais confiscos de terras palestinas.
Nenhum outro estado-não-membro permanente do Conselho de Segurança da ONU que cometesse tais crimes, e por quase 80 anos, ficaria impune. Israel é caso único de excepcionalismo criminal, o que coloca em perigo o Direito Internacional e a segurança dos povos e nações.
É preciso parar a máquina assassina de Israel. Por isso dizemos: ISRAEL FORA DA ONU JÁ! E que só retorne após acatar as resoluções da ONU e todo o Direito Internacional aplicáveis à Palestina. Antes que seja tarde demais!
Palestina Livre a partir do Brasil, 18 de abril de 2022, 74º ano da Nakba.
Notícias em destaque
Ato na Assembleia Legislativa de SP relembra 76 anos da Nakba denuncia genocídio na Palestina
Na segunda-feira à noite, mais de duzentas pessoas, dezenas delas [...]
LER MATÉRIACaiado e Tarcísio em Israel: uma viagem muito estranha e sem respostas.
Uma viagem estranha, que teve por objetivo inicial prestar apoio e [...]
LER MATÉRIAPrefeitura de São Leopoldo reinaugura Praça Palestina.
Nesta terça-feira, 2 de abril, realizou-se a cerimônia de entrega da obra [...]
LER MATÉRIALula é agraciado com comenda Hanna Safieh de Direitos Humanos, um dos fundadores da FEPAL
O professor de origem palestina Hanna Safieh, um dos mais importantes [...]
LER MATÉRIA“O limiar que indica a prática de genocídio por Israel foi atingido”, indica ONU
Na terça-feira, 26, a Comissão de Direitos Humanos da ONU apresentou o [...]
LER MATÉRIAEm tempos de genocídio na Palestina, FEPAL convoca seu 11º Congresso.
A direção da FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil anuncia a [...]
LER MATÉRIA